quarta-feira, 16 de novembro de 2011

http://www.semlactose.com

Uso de whey protein por intolerantes e alérgicos ao leite.


A atividade física tem feito parte da vida de milhões de brasileiros que se preocupam com a boa forma e qualidade de vida. O verão está chegando e com ele as academias são invadidas por mais pessoas querendo malhar, adquirir massa muscular e perder aqueles quilinhos extras.O whey protein está na moda, muitos esportistas tem o hábito de tomar, mas muitas pessoas não sabem como e porque utilizá-lo. Esse suplemento alimentar pode ser consumido sem restrições por quem possui intolerância à lactose ou alergia às proteínas do leite?
Os suplementos alimentares tem sido cada vez mais adotados nas academias e o whey protein é um dos campeões de vendas.  Esse suplemento é a proteína do soro do leite extraída durante a transformação do leite em queijo. Daí seu significado: whey (soro do leite) protein (proteína). Essa proteína pode ser utilizada por atletas que necessitem repor a perda protéica durante o treino e para quem quer emagrecer, sem perder massa muscular.
Excelente fonte de aminoácidos essenciais, sem adição de gorduras, o whey protein promove maior retenção de nitrogênio (fator de crescimento muscular), é rico em antioxidantes, e fortalece o sistema imunológico reduzindo os sintomas de overtraining (fadiga pelo treinamento extensivo).
O whey, por ser de alta absorção, pode ser ingerido logo após o treino ou ao acordar, pois durante o sono ficamos um longo tempo sem nos alimentar levando ao catabolismo (“queima” dos nutrientes).
Existem dois tipos principais desse suplemento, sendo que a diferença é o processo que o whey vai sofrer. Encontramos o tipo concentrado e o isolado. O tipo isolado (90-98% de proteína) possui uma melhor qualidade, contendo menos gordura e mais proteína do que o concentrado (em torno de 20% de proteína).
Os pacientes com intolerância a lactose podem utilizar preferencialmente a proteína isolada. Cada indivíduo apresenta um grau de tolerância a lactose e essa deve ser respeitada evitando maiores desconfortos. A proteína isolada contém uma quantidade muito pequena de lactose ou por vezes indetectável, sendo uma boa notícia a esses pacientes. Já quem apresenta alergia à proteína do leite de vaca não deve consumir nenhum tipo de whey, pois os sintomas podem ser agravados.
Dica para o whey ser uma refeição completa após o treino: faça a diluição completa do whey em água (se você for intolerante a lactose, também poderá diluir no leite com baixo teor de lactose), adicione uma fruta de sua preferência e incremente sua vitamina com aveia (1-2 colheres de sopa). Sua vitamina fica muito mais rica e equilibrada, garantindo sua reposição de energia e proteína.
Antes de consumir qualquer tipo de suplementos alimentares, procure sempre um nutricionista.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

JORNAL HOJE - Edição do dia 22/09/2011 22/09/2011 13h26


Conheça os alimentos que ajudam na prevenção e no combate à celulite

Terapeuta corporal ensina quais são os alimentos ideais para quem quer evitar o problema. Confira receitas de uma salada e de sucos poderosos.


A celulite é um processo inflamatório, causado por alterações hormonais, má alimentação e falta de atividade física. Conheçam os alimentos que podem estimular o problema e outros que ajudam a combatê-lo.
- Evite os alimentos que pioram o processo inflamatório. “São os ricos em açúcar, farinhas refinadas, gordura animal, frituras e com muito sal”.
- Tomate, beterraba e cenoura ajudam no combate à celulite. São alimentos diuréticos que diminuem a retenção de líquidos. Outros alimentos entram nessa lista: “A água de coco, por exemplo, é muito rica em potássio e muito diurética. Abacaxi, melancia e cebola também estão neste grupo”.
- Não deixe faltar no prato alimentos que melhoram a circulação e ajudam a eliminar as toxinas, como as folhas, principalmente as verdes escuras como a couve. “O brócolis e a soja também estão neste grupo. Temos também o rabanete, que além de melhorar a circulação e eliminar toxinas, participa na renovação celular”.
- Invista em chá verde, gengibre e pimenta vermelha, que são termogênicos, aceleram o metabolismo e queimam gordura. “Quanto mais gordura a gente perde, mais celulite a gente perde”.
- Reforce a dieta com alimentos integrais, ricos em fibras, e leguminosas, como feijão lentilha e grão de bico. “Eles ajudam a eliminar mais toxinas. Quanto menos toxina, menos celulite”.
- A aveia é considerada por muitos nutricionistas a campeã no combate aos furinhos. “A aveia contém silício, um elemento estrutural do colágeno, que atua na reorganização das fibras na pele. Por isso, ele melhora aquele aspecto de casca de laranja”.
- Alimentos que contêm substâncias anti-inflamatórias devem fazer parte do cardápio diário. Azeite, frutas oleagianosas, como castanhas e nozes, e as sementes de linhaça de girassol e gergelim são bons exemplos. “Eles contêm zinco, selênio, ômega 3 e 6, que são anti-inflamatórios e vão atuar diretamente no processo da celulite”.
- Coma alimentos que tenham substâncias antioxidantes, como as frutas vermelhas: “Elas combatem os radicais livres, que pioram o processo inflamatório”.
Receitas poderosas para o combate à celulite:
Suco anticelulite
Ingredientes:
- 1 colher se sobremesa de salsinha picada
- 3 folhas de couve manteiga crua
- 1 fatia média de abacaxi
- 350 ml de água de coco
- 3 folhas de hortelã
- Suco de ½ limão
Modo de Preparo:
Bata tudo no liquidificador e sirva imediatamente, sem coar para não perder as fibras.
Vitamina Anticelulite
Ingredientes:
- 250 mL de leite de soja ou desnatado
- 5 morangos
- 2 colheres de sopa de aveia em flocos
Modo de Preparo:
Bata tudo no liquidificador e sirva imediatamente.
Suchá
Ingredientes:
- 250 ml de chá verde
- 1 pedaço de gengibre
- gotas de limão
Modo de Preparo:
Durante o preparo do chá verde, no momento da infusão, coloque também o gengibre descascado e picado. Coe e adicione gotas de limão. Sirva quente ou frio.
Salada Pele Lizinha
Ingredientes:
- ½ xícara de brócolis cozido
- ½ xícara de couve flor cozida
- ½ xícara de rúcula (ou outra folha verde escura)
- ¼ de tomate
- 1 fatia de abacaxi picadinho
- 100g de atum
- 2 castanhas-do-pará picadas
- Suco de ½ limão
- Azeite extra virgem
Modo de Preparo:
Misture todos os ingredientes e tempere a salada com o suco do limão e um fio de azeite.
 

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

http://www.nestle.com.br/nestlenutrisaude/Artigos.aspx

Segurança Alimentar e Nutricional: definição

Se antes o conceito estava ligado à capacidade de produção alimentar, hoje diz respeito também ao lado nutricional e sanitário dos alimentos

O conceito de Segurança Alimentar surgiu em tempos de escassez, mais precisamente no período da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), quando mais da metade da Europa ficou devastada e sem condições de produzir o próprio alimento. A princípio, então, o conceito tinha essa estreita ligação com a capacidade que cada país possuía em produzir alimentos, de forma a não ficar vulnerável a questões ligadas ao conflito.
Durante a Segunda Grande Guerra (1939-1945), o conceito ganhou ainda mais força com a criação das Organizações das Nações Unidas (ONU). Nessa época, no entanto, a Segurança Alimentar ainda foi tratada como uma questão de disponibilidade insuficiente de alimentos. De lá pra cá, o conceito foi ampliado a partir de diversas visões. Na década de 70, por exemplo, a crise mundial de produção de alimentos levou a chamada Conferência Mundial sobre Alimentação a identificar que a garantia da Segurança Alimentar teria de passar por uma política de armazenamento. A ideia era possibilitar, de forma permanente, a regularidade do abastecimento. Nos anos 80, reconheceu-se que seria necessário não apenas uma produção sistemática, mas também uma criação de meios para a aquisição de alimentos, o que se traduzia principalmente em renda e terra1.
Foi apenas na década de 90 que o conceito de Segurança Alimentar passou a se tornar mais completo, incorporando a noção de acesso a alimentos seguros, ou seja, não-contaminados biológica ou quimicamente; de qualidade nutricional, biológica, sanitária e tecnológica; e também produzidos de forma sustentável, equilibrada e culturalmente aceitável1.
Essa nova direção gerou, pela primeira vez, um entendimento mais atrelado ao aspecto nutricional e sanitário dos alimentos. Nascia, então, uma visão mais ampla do conceito que hoje é conhecido como Segurança Alimentar e Nutricional (SAN).

Definição
A Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) é definida como “a realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam social, econômica e ambientalmente sustentáveis2”.
Atualmente, essa definição tem sido usada tanto no sentido de Food Safety, termo em inglês que significa alimento seguro quanto à inocuidade, bem como no sentido de Food Security, termo que trata da soberania alimentar e da garantia de acesso a uma alimentação adequada. Neste âmbito, considera-se que os países devam ser soberanos para garantir a SAN de seus povos (soberania alimentar), respeitando suas múltiplas características culturais. Este processo deve ocorrer com bases sustentáveis, do ponto de vista ambiental, econômico e social1.
A evolução do conceito de SAN, no Brasil e no mundo, aproxima-se cada vez mais da abordagem de “Direito Humano à Alimentação Adequada”, que é definido como “um direito humano inerente a todas as pessoas de ter acesso regular, permanente e irrestrito, quer diretamente ou por meio de aquisições financeiras, a alimentos seguros e saudáveis, em quantidade e qualidade adequadas e suficientes, correspondentes às tradições culturais do seu povo e que garanta uma vida livre do medo, digna e plena nas dimensões física e mental, individual e coletiva”1. Segundo Burity et al 1, para que uma Política de SAN seja coerente e plenamente estabelecida, deve-se incorporar princípios e ações essenciais para a garantia da promoção desse conceito.

A SAN no Brasil de hoje

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD)3, realizada em 2004, estimou que cerca de 30% dos domicílios particulares da zona urbana do Brasil viviam em situação de insegurança alimentar. O estudo mostrou prevalência em torno de 25% no Rio Grande do Sul. A Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS)4, de 2006, confirmou tais dados, mostrando que 32% das famílias residentes na zona urbana do país estavam em insegurança alimentar. Para a Região Sul, a prevalência também foi semelhante.
Apesar dessas taxas elevadas, pode-se afirmar que foram muitos os avanços das políticas de SAN no Brasil nos últimos anos. Entre eles, a Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (Losan), que foi sancionada em 2006 (Lei n°11.346), a qual reafirma as obrigações do Estado em respeitar, proteger, promover e prover a alimentação adequada5. Entre outras determinações, a Losan cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), que tem como objetivo formular e implementar políticas e planos de SAN; estimular a integração dos esforços entre governo e sociedade civil; promover o acompanhamento, o monitoramento e a avaliação da Segurança Alimentar e Nutricional do país5.
Mais recentemente, em fevereiro de 2010, foi promulgada a emenda constitucional 64, que inclui a alimentação entre os direitos sociais fixados no artigo 6º da Constituição Federal, outra importantíssima conquista. Para completar, em agosto de 2010, instituiu-se a Política Nacional de SAN e regulamentação da Losan5.
Todo esse avanço aconteceu, por um lado, devido a investimentos em políticas públicas garantidoras do direito humano à alimentação e, por outro, pelo trabalho do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), que entre diversas atuações, participou de importantes modificações introduzidas no Programa Nacional de Alimentação Escolar, além de propor o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), projeto que visa garantir o acesso a alimentos em quantidade e regularidade necessárias às populações em situação de insegurança alimentar e nutricional6.
Segundo Renato S. Maluf, presidente do Consea e professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, umas das principais atuações do Conselho também foi contribuir para a evolução do que hoje se compreende sobre fome e desnutrição, incluindo os conceitos mais amplos sobre soberania e segurança alimentar e nutricional, assim como sobre o direito humano à alimentação adequada e saudável. Tais conceitos, segundo o professor, promoveram a discussão de formas de produção dos alimentos, sobre as quais, entre outras questões, agora existe uma preocupação sobre o acesso e uso insustentável dos recursos naturais e o comprometimento da sociobiodiversidade.

A abrangência do SAN e sua importância para a nutrição
É fundamental considerar que, no conceito de SAN, estão incluídos dois elementos distintos e complementares: a dimensão alimentar e a dimensão nutricional. A primeira, muito importante, diz respeito especialmente à produção, disponibilidade e acesso aos alimentos. A última, no entanto, deve ser olhada de forma especial pela comunidade da área de nutrição, pois incorpora as relações entre o homem e o alimento, implicando na escolha e no preparo de alimentos saudáveis e seguros; no consumo alimentar adequado e saudável; em boas condições de saúde, higiene e de vida para melhorar e garantir a adequada utilização biológica dos alimentos consumidos; e na promoção dos cuidados com sua própria saúde, de sua família e comunidade1. Ou seja, a SAN de hoje também se preocupa – e muito - em garantir uma dieta nutricionalmente adequada para a população.
Nesse sentido, existe uma compreensão abrangente do que vem a ser uma dieta adequada: deve suprir as necessidades energéticas do indivíduo, ser nutricionalmente diversificada, respeitar a idade, as condições fisiológicas, a atividade física e, por fim, os hábitos culturais de cada um7.
Essa dimensão nutricional de SAN pode ser melhor entendida por alguns dados: atualmente estima-se que 2 bilhões de pessoas sofrem de fome oculta (deficiências de micronutrientes), principalmente mulheres com anemia e deficiência de ferro; aproximadamente 250 milhões de crianças são afetadas por deficiência de iodo, a causa mais comum de retardamento mental; 250 milhões de crianças sofrem de deficiência subclínica de Vitamina A, o que reduz a capacidade de combater doenças e pode levar à cegueira; 25 milhões de crianças e 250 milhões de adultos, tanto em países pobres como ricos, são obesos, o que gera consequências prejudiciais significativas tanto em relação às comorbidades associadas ao problema, quanto para o orçamento na área de saúde dos países1.
A partir desses dados, podemos observar que a dieta atual da população, ainda que esteja em quantidade suficiente, está muito aquém no ponto de vista qualitativo. Prova disso é a atual relação entre insegurança alimentar e obesidade, o que na década de 70 pareceria improvável. Ao avaliar o estado nutricional de adultos e adolescentes de famílias em situação de insegurança alimentar, estudos realizados nos Estados Unidos 8, 9, 10,11 e no Brasil 12 identificaram que, enquanto o déficit nutricional é pouco prevalecente, as prevalências de excesso de peso e obesidade são bastante elevadas, especialmente na população adulta.
Outros estudos têm confirmado que a segurança alimentar não é garantia de boa alimentação. Panigassi et al.13, descreveram e avaliaram o perfil de consumo diário de alimentos entre 456 famílias na cidade de Campinas, no estado de São Paulo. Os autores identificaram que, mesmo nas famílias em situação de segurança alimentar, a qualidade nutricional da dieta foi ruim e a condição de acesso ao alimento não garantiu a adequação qualitativa da dieta. O consumo de pelo menos uma fruta diariamente foi 73,7% e de derivados do leite 62,1%. Esses resultados trazem a necessidade de reforçar, nas políticas de SAN, ações educativas direcionadas à promoção de alimentação saudável.

O que podemos (e devemos) fazer para promover a SAN?
Os diversos setores da sociedade precisam estar conscientes a respeito dos fatores de insegurança alimentar, desde os mais diretos – fome, obesidade, má alimentação, aquisição e consumo de alimentos prejudiciais à saúde e doenças associadas – até aqueles aparentemente mais sutis, como a produção de alimentos ambientalmente predatória e o desrespeito à diversidade cultural14.
Do ponto de vista nutricional, um estudo recentemente publicado no importante periódico científico The Lancet15 estabeleceu que uma prioridade de saúde global deve estar focada no desenvolvimento e implementação de políticas que visem garantir uma dieta saudável. Os autores ressaltaram, ainda, que a adoção de uma alimentação mais saudável vai afetar positivamente a saúde da população e da produção agrícola, o comércio, a economia e os meios de subsistência.
A nutricionista brasileira Regina Mara Fisberg, professora do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo e uma das autoras do estudo, acredita que, para que possamos elevar a qualidade nutricional das refeições no Brasil, deve-se pensar em programas de orientação nutricional para a população dos municípios, respeitando a diversidade regional, além de garantir acesso aos alimentos de boa qualidade por meio de ações intersetoriais.
Para a autora, o setor privado poderia colaborar com financiamentos de projetos e programas sociais e também com a promoção de um sistema agroalimentar equitativo, sustentável e diversificado.
É importante citar, quando se fala no conceito de sustentabilidade, que a soberania alimentar atribui uma grande importância à preservação da cultura e aos hábitos alimentares de um país. A sustentabilidade, por sua vez, incorpora conceitos ligados à preservação do meio ambiente, não-utilização de agrotóxicos e da produção extensiva em monoculturas16. Deve-se estabelecer, também, um alicerce consistente para a defesa de políticas favoráveis às agriculturas familiares em seus diferentes contextos com vistas ao enfrentamento das questões alimentares17. Um pequeno, mas importante passo foi dado em 2009, com a criação da Lei 11.947, que estabelece que parte dos itens que compõem a merenda escolar deve ser adquirida de pequenos produtores regionais18.
Por fim, os diferentes setores do governo e da sociedade devem estar conscientes e articulados. Essa intersetorialidade é fundamental, pois possibilita a utilização dos recursos de modo mais eficiente e sistemático, além de permitir que as prioridades sejam definidas pelo senso comum14.

Como medir a insegurança alimentar?
Para promover a Segurança Alimentar e Nutricional, a medida de insegurança tem sido proposta no monitoramento de iniquidades, podendo ser complementada ao conjunto de indicadores sociais ou utilizada de forma isolada para identificar grupos vulneráveis em que a preocupação e a angústia da incerteza de dispor regularmente de comida até a falta de alimento podem estar presentes12, 19
Em 1989, nos Estados Unidos, foi desenvolvido um instrumento capaz de dar uma dimensão à magnitude da insegurança alimentar12. Essa escala tem sofrido várias modificações e hoje existem versões curtas e outras mais completas 20,21, e vários países já validaram algum instrumento baseado nessas escalas22, 23, 24, 25, 26, 27. No entanto, é importante lembrar que esses instrumentos avaliam a insegurança alimentar por meio da percepção das famílias, não contemplando o conceito de segurança alimentar como um todo, apenas o acesso aos alimentos12.
No Brasil, o instrumento baseado na escala americana, na versão longa, é a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA)12, desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Campinas (Unicamp), da Universidade de Brasília (UNB), além de outras instituições (Universidades Federais da Paraíba e do Mato Grosso e Instituto de Pesquisas da Amazônia), com o apoio técnico e financeiro dos Ministérios da Saúde e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e da Organização Panamericana de Saúde (OPAS).
Essa escala foi adaptada e validada para a realidade brasileira, e resultou em um questionário de fácil aplicação, considerado adequado para avaliação de insegurança alimentar em inquéritos populacionais nacionais e em pesquisas locais28.

[1] Burity V, Franceschini T, Valente F Recine E Leão M. Carvalho MF. Direito Humano à Alimentação Adequada no Contexto da Segurança Alimentar e Nutricional. Brasília, DF: ABRANDH, 2010. 204p.
[2] Valente FLS. O direito humano à alimentação: desafios e conquistas. São Paulo: Cortez Editora, 2002. Do combate à fome à insegurança alimentar e nutricional: o direito à alimentação adequada; p. 37- 70.
[3] Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Segurança alimentar 2004. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; 2006.
[4] Ministério da Saúde. Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher – PNDS 2006. Brasília: Ministério da Saúde; 2008.
[5] Brasil. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Brasília, 2010. Disponível em: http://www.mds.gov.br/segurancaalimentar/sisan/apoio-do-mds-a-estados-e-municipios-1/arquivos/PDF-Sisan.pdf. Acesso em 25 de maio de 2011.
[6] Brasil. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – SISAN: Diagnóstico de Implantação no Âmbito Estadual. Brasília, 2010. Disponível em: http://www4.planalto.gov.br/consea/publicacoes/publiucacoes-arquivos/sistema-nacional-de-seguranca-alimentar-e-nutricional-2013-sisan-diagnostico-de-implantacao-no-ambito-estadual. Acesso em 25 de maio de 2011.
[7] Brasil. Conselho Nacional de Segurança Alimentar. Relatório final da II Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional; 2004 mar. 17-20; Olinda. MT. Is dietary diversity an indicator of food security or dietary quality? A review of measurement issues and research needs. Food Nutr Bull. 2003; 242(2):231-2.
[8] Dinour LM, Bergen D, Yeh MC. The food insecurity-obesity paradox: a review of the literature and the role food stamps may play. J Am Diet Assoc 2007; 107:1952-61.
[9] Flegal KM, Carroll MD, Ogden CL, Johnson CL. Prevalence and trends in obesity among US adults, 1999-2000. JAMA 2002; 288:1723-7.
[10] Ogden CL, Flegal KM, Carroll MD, Johnson CL. Prevalence and trends in overweight among US children and adolescents, 1999-2000. JAMA 2002; 288:1728-32.
[11] Laraia BA, Siega-Riz AM, Evenson KR. Self-reported overweight and obesity are not associated with concern about enough food among adults in New York and Louisiana. Prev Med 2004; 38:175-81.
[12] Santos, JV; Gigante, DP; Domingues, MR. Prevalência de insegurança alimentar em Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, e estado nutricional de indivíduos que vivem nessa condição. Cad. Saúde Pública 2010; 26(1): 41-9.
[13] Panigassi G,Segall-correa AM, Marin-Leon L, Perez-Escamilla R, Maranha LK, et al. Insegurança alimentar intrafamiliar e perfil de consumo de alimentos. Rev. Nutr., Campinas. 2008; 21(supl) 135-44s.
[14] Nitzke JA, Penna, NG, Oliveras LY, Martinelli S, Fritz A, Daudt CA, Noll IB. Segurança alimentar – rompendo barreiras. Braz. J. Food Technol., III SSA, novembro 2010. Disponível em http://bj.ital.sp.gov.br/artigos/especiais/2010/artigos_bjb_v70ne/02_bjft_v13ne_13e0115.pdf. Acesso em 25 de maio de 2011.
[15] Lock K,
Smith RD
, Dangour AD, Keogh-Brown M, Pigatto G, Hawkes C, Fisberg RM, Chalabi Z. Health, agricultural, and economic eff ects of adoption of healthy diet recommendations.
The Lancet. 2010; 9753:1699-709.
[16] Belik W. Perspectivas para segurança alimentar e nutricional no Brasil. Saúde soc., 20023;12(1), June 2003 . Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12902003000100004&lng=en&nrm=iso. Acesso em 26 de maio de 2011.
[17] Moruzzi-Marques PE. Perspectivas concorrentes em torno de segurança e soberania alimentar. Segurança Alimentar e Nutricional, 2010; 17(2): 78-87, 2010.
[18] Brasil. Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009. Dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola aos alunos da educação básica altera as Leis ns. 10.880, de 9 de junho de 2004, 11.273, de 6 de fevereiro de 2006, 11.507, de 20 de julho de 2007; revoga dispositivos da Medida Provisória n. 2.178-36, de 24 de agosto de 2001, e a Lei n. 8.913, de 12 de julho de 1994; e dá outras providências. Brasília, 16 de junho de 2009.
[19] Panigassi G, Segall-Corrêa AM, Marin-León L, Pérez-Escamilla R, Sampaio MFA, Maranha LK. Insegurança alimentar como indicador de iniquidade: análise de inquérito populacional. Cad Saúde Pública 2008; 24(10):2376-84.
[20] Bickel GW, Nord M, Price C, Hamilton W, Cook J. Measuring food security in the United States. Guide to measuring household food security. Revised 2000. Alexandria: United States Department of Agriculture; 2000.
[21] Kendall A, Olson CM, Frongillo Jr. EA. Validation of the Radimer/Cornell measures of hunger and food insecurity. J Nutr 1995; 125:2793-801.
[22] Harrison GG, Stormer A,
Herman DR
, Winham DM. Development of a Spanish-language version of the U.S. household food security survey module. J Nutr 2003; 133:1192-7.
[23] Melgar-Quinonez H, Zubieta AC, Valdez E, Whitelaw B, Kaiser L. Validation of an instrument to monitor food insecurity in Sierra de Manantlan, Jalisco. Salud Pública Méx 2005; 47:413-22.
[24] Albert PL
, Sanjur D. The adaptation and validation of the food security scale in a community of Caracas, Venezuela. Arch Latinoam Nutr 2000; 50: 334-40.
[25] Alvarez MC, Estrada A, Montoya EC, Melgar-Quinonez H. Validation of a household food security scale in Antioquia, Colombia. Salud Pública Méx 2006; 48:474-81.
[26] Frongillo Jr. EA. Validation of measures of food insecurity and hunger. J Nutr 1999; 129(2S Suppl):506S-9S.
[27] Perez-Escamilla R, Segall-Correa AM, Kurdian-Maranha L, Sampaio MMF, Marin-Leon L, Panigassi G. An adapted version of the U.S. Department of Agriculture Food Insecurity module is a valid tool for assessing household food insecurity in Campinas, Brazil. J Nutr 2004; 134:1923-8.
[28] Pimentel, PG; Sichieri, R; Salles-Costa, R. Insegurança alimentar, condições socioeconômicas e indicadores antropométricos em crianças da Região Metropolitana do Rio de Janeiro/Brasil. Rev. bras. estud. popul., São Paulo, v. 26, n. 2, Dec. 2009 . Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-30982009000200008&lng=en&nrm=iso. Acesso em 26 de maio de 2011.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

A POF 2008-2009 e o estado nutricional dos brasileiros


Os resultados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2008-2009 apontam que uma em cada três crianças brasileiras está acima do peso recomendado pela OMS.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ministério da Saúde (MS), divulgou no final de agosto os resultados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2008-2009. Foram analisados os dados de peso, estatura e Índice de Massa Corpórea (IMC) de mais de 188 mil pessoas em todas as regiões do país.


Seus resultados foram comparados com o Estudo Nacional da Despesa Familiar de 1974-1975, com a Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição de 1989 e com a POF de 2002-2003, para obtenção da tendência secular [1].
Com a divulgação dos dados, o que era apenas um receio para muitos profissionais de saúde, tornou-se realidade: o excesso de peso e a obesidade são encontrados com grande freqüência entre a população brasileira já a partir dos 5 anos de idade, em todos os grupos de renda e em todas as regiões do país. Em 2009, uma em cada três crianças de 5 a 9 anos (33,5%) estava acima do peso recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), ultrapassando padrões internacionais [2].
Por outro lado, a boa notícia é que o déficit de estatura – considerado um indicador de desnutrição – caiu para 6,8% entre as crianças da mesma faixa etária, sendo ligeiramente maior entre os meninos (7,2%) que entre as meninas (6,3%).
A região Norte contempla a maior concentração de baixa estatura e a região Sul a menor. O déficit de peso estava presente entre 4,1% das crianças em 2009, com pouca variação entre os gêneros [2].
A avaliação do estado nutricional dos jovens entre 10 e 19 anos também revelou um aumento contínuo de peso nos últimos 34 anos, sendo mais perceptível no gênero masculino. A análise mostrou que 21,5% dos adolescentes estavam com excesso de peso e que a obesidade apresentava tendência ascendente, passando de 0,4% para 5,9% entre os rapazes e de 0,7% para 4,0% entre as meninas [2].
Na população adulta, o quadro é ainda mais inquietante, já que o excesso de peso quase triplicou entre os homens (de 18,5% em 1974-1975 para 50,1% em 2008-2009) e representou 48% entre as mulheres. Os valores para obesidade foram de 12,4% para o gênero masculino e 16,9% para o feminino [2].
Segundo os dados da POF, os homens com maior taxa de renda foram os mais atingidos pelo excesso de peso e obesidade, além de se destacarem nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste e nos domicílios urbanos. Entre as mulheres, as duas condições se destacaram no Sul do país e nas classes intermediárias de renda [2].
Considerando que o excesso de peso entre os adultos tem aumentado mais de um ponto percentual ao ano, é possível prever que em cerca de dez anos dois terços da população adulta do Brasil se enquadrará dentro desta classificação, atingindo proporção idêntica à encontrada atualmente nos EUA [2,3,4].
Por meio de uma serie de relatórios e ações, a OMS vem alertando os governos sobre o impacto da obesidade na saúde pública e na economia dos países, indicando a necessidade de programas que propiciem padrões alimentares saudáveis e a prática de atividade física regular.
Nesse sentido, os profissionais de saúde exercem papel fundamental como formadores de opinião, educadores e incentivadores de um estilo de vida que promova o balanço energético e a ingestão de alimentos básicos, que incluem arroz, feijão, hortaliças e frutas.


Referencias Bibliográficas:

[1] Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. POF 2008/09 mostra desigualdades e transformações no orçamento das famílias brasileiras. http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1648&id_pagina=1. Consultado em 08 set. 2010.
[2] Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. POF 2008-2009: desnutrição cai e peso das crianças brasileiras ultrapassa padrão internacional http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1699&id_pagina=1. Consultado em 08 set. 2010.
[3] Centers for Disease Control and Prevention. Overweight and Obesity. http://www.cdc.gov/obesity/index.html. Consultado em 08 set. 2010.
[4] Monteiro CA. O aumento da obesidade. Jornal O Globo. 28 abr. 2010.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Atum e salmão protegem o coração e espantam o mau humor

Que os peixes em geral promovem uma onda de boa saúde não restam dúvidas. Fonte de proteína, esta carne magra carrega nutrientes e vitaminas que só fazem bem ao organismo. Mas duas espécies se destacam por suas propriedades nutritivas . O salmão e atum disputam o posto de rei dos mares quando o assunto é benefícios, que vão desde a proteção contra doenças cardiovasculares, o Mal de Alzheimer e a depressão. É fácil incluí-los no cardápio. Versáteis, eles vão bem grelhados, na mistura de patês, na massa ou no risoto. Com a vantagem de que, quando são consumidos crus, à moda japonesa, preservam a totalidade dos nutrientes. As vitaminas lipossolúveis (A, D e E) presentes no atum e no salmão não são tão sensíveis ao calor, entretanto a exposição às altas temperaturas pode reduzir as propriedades benéficas do ômega-3, que é sensível ao calor perdendo parte de suas propriedades nutricionais.

Ômega 3: gordura que vale ouro
O salmão carrega maiores quantidades desse ácido graxo poli-insaturado. A tradução para esse nome complicado é simples. É uma gordura. Isso mesmo, gordura. Mas nem toda gordura é nociva ao organismo. O ômega 3, por exemplo, é um dos melhores exemplares da turma dos mocinhos. Um dos seus maiores feitos é deixar o coração tinindo. Ele evita a formação das placas de gordura na parede das artérias e garante a flexibilidade dos vasos sanguíneos, afastando o risco de doenças como infarto, derrames e hipertensão. Além disso, esses ácidos graxos modificam a composição química do sangue, provocando o aumento dos níveis do HDL (colesterol bom) e a diminuição dos níveis de LDL (colesterol ruim). O organismo também utiliza o ômega 3 para produzir prostaglandinas, substâncias químicas que têm participação em muitos processos, inclusive no combate às inflamações e em outras funções do sistema imunológico. Mas as vantagens do ômega 3 vão mais além. 
Pesquisadores da Universidade de Harvard concluíram que mulheres que seguem uma dieta com alimentos ricos em ômega 3, como atum e salmão, estão menos propensas a desenvolver endometriose, doença que causa fortes dores e infertilidade. Por outro lado, uma dieta rica em gordura trans pode estar associada a um maior risco de desenvolvimento da doença. A pesquisa, publicada na revista científica americana Human Reproduction, acompanhou mais de 70 mil mulheres durante doze anos. A partir desse acompanhamento, foi possível descobrir que as mulheres com uma dieta rica em ômega-3 tinham 22% menos chances de serem diagnosticadas com endometriose do que aquelas que ingeriam o ácido graxo em menores quantidades. Um outro estudo da Universidade de Colúmbia, em Nova York, concluiu, após avaliar mais de 2 mil pessoas, que uma dieta rica em frutas oleaginosas (como castanhas, nozes e amêndoas), peixes ricos em ômega 3 (como o salmão e o atum) e legumes ricos em ácido fólico diminuem significativamente as chances de que uma pessoa desenvolva o Mal de Alzheimer.

Magnésio para melhorar o humor
atum contém maiores doses deste nutriente conhecido como o mineral anti-estresse. São 41,8 mg contra 29,7 mg do salmão. A deficiência deste mineral no organismo resulta em fadiga e carência de enzimas envolvidas na produção de energia. Prova disso é que uma pesquisa do Instituto de Psiquiatria da Inglaterra mostrou que os níveis deste mineral são mais baixos em pessoas que sofrem de depressão. O magnésio também é indispensável para o bom funcionamento dos nervos e músculos. Além de evitar a formação de pedra nos rins e na vesícula. 

Potássio regula a pressão arterial
O atum oferece mais quantidades desse mineral que, associado ao sódio, regula o equilíbrio da água no organismo e normaliza o ritmo do coração, além de auxiliar na redução da pressão sanguínea. São 361,9 mg contra 336,6 mg do salmão. O potássio também favorece o raciocínio claro, enviando oxigênio ao cérebro.

Salmão (110g)
Atum (110g)
Calorias
138,6 kcal
146,3 kcal
Lipídios
21,67 g
27,50 g
Proteínas
5,72 g
5,06 g
Fósforo (mg)
275
303,6
Magnésio (mg)
29,7
41,8
Potássio (mg)
336,6
361,9
Selênio (mcg)
82,5
88
Vitamina A (mcg)
61,6
23,1
Cálcio (mg)
44
19,8

Vitamina A: protetora da visão
O salmão é mais rico em vitamina A - 61,6 mcg, enquanto o atum tem 23,1 mcg. Essa vitamina exerce numerosas funções no organismo, como ação protetora dos olhos, da pele, mucosas e da capacidade funcional dos órgãos de reprodução. O nutriente também confere elementos de defesa contra as infecções. 

Selênio contra os tumores 
O atum contém 88 mcg de selênio, um antioxidante que previne o envelhecimento e o amadurecimento celular, afastando os risco de tumores. O atum, por sua vez, fornece 82,5 mcg. A substância também ajuda a manter a elasticidade dos tecidos e alivia os incômodos do período menstrual. 

Cálcio: esqueleto de aço
O salmão carrega boa quantidade de cálcio. São 44 mg contra 19,8 mg de atum. O mineral mantém dentes e ossos fortes, combatendo o raquitismo e a osteoporose. Além disso, o nutriente mantém os batimentos do coração regulares e ajuda o sistema nervoso a trabalhar melhor.

Fósforo dá mais pique
O atum contém mais fósforo. São 303,6 mg, enquanto o salmão tem 275 mg. Este mineral é necessário para uma boa formação óssea e dentária. É importante para a regularidade do coração e essencial para o funcionamento dos rins. Também fornece mais energia ao corpo, auxiliando no metabolismo de gorduras e amidos. 

Faltou salmão? Conheça a truta salmão 
Presença frequente nos cardápios dos restaurantes, feiras e peixarias, a truta salmonada (ou truta salmão) é uma truta, cuja carne, em vez da cor branca característica da espécie, adquire a cor rosada típica do salmão, daí o nome truta salmonada. Para atingir a coloração, a truta passa pelo processo da salmonização, que acrescenta pigmento à base de lecitina de soja à ração do peixe, cerca de 60 dias antes do abate. Na natureza, o salmão adquire a cor alaranjada, porque consome pequenos animais, especialmente crustáceos e moluscos, com alta concentração de carotenoides, substâncias que conferem a cor vermelha, laranja ou amarela a vegetais, como tomate, cenoura. 
Mas não é difícil distinguir os dois peixes. A truta salmonada apresenta uma cor mais forte, comparada ao salmão, e um aroma e sabor mais suaves. "Os valores nutricionais de ambas as espécies são excelentes. São alimentos com elevado teor de proteínas, e quantidade de ômega 3 semelhante, porém o salmão apresenta uma quantidade um pouco maior de ômega 3". A truta salmonada ainda é rica em vitamina A, selênio, potássio e fósforo.

                                                                                                                             (Fonte: Yahoo Notícias.)